— June 11, 2025

“São toques do cotidiano que fazem a relação ser gostosa. A conexão fica afinada, a gente se olha e sabe o que o outro deseja. “

Convidamos Wendy Andrade e Duda Almeida para registrarem a si mesmos em um momento de intimidade e carinho. Em nosso blog, revelam rituais do casal em uma deliciosa conversa. LEIA MAIS

Wendy Andrade (artista visual) e Duda Almeida (modelo) receberam em casa alguns looks Handred e fizeram registros íntimos do casal. É perceptível o amor transbordando dos olhares e dos toques entre pele, seda e linho.

Tivemos uma conversa deliciosa e entramos, de forma sensorial, na intimidade do casal.

H: Como vocês se conheceram? E estão juntos há quanto tempo? 

W: A gente se conhece há oito anos. Eu tinha um projeto fotográfico e convidei a Duda para posar para mim. Foi uma tarde agradável, fotografamos nos Arcos da Lapa e imediatamente criamos uma conexão. E depois desse encontro a gente alimentou uma amizade a distância cheia de admiração e carinho. Mesmo de longe eu sempre torcia pela Duda e acompanhava seus passos, e ela fazia o mesmo comigo. Depois de cinco anos nos encontramos novamente, Duda estava morando em Londres e eu tinha ido visitar a cidade a trabalho. E em outras oportunidades que eu estive na cidade, a gente sempre se encontrava, Duda me mostrava um pouco de Londres, era sempre divertido. Porém desta vez eu não consegui encontrá-la devido a minha agenda, mas a convidei para passar alguns dias em Menorca, uma das ilhas baleares na Espanha. Era verão, e eu queria aproveitar a minha estadia na Europa. E a Duda topou e assim tudo aconteceu. Durante as viagens de carro até as praias, a gente conversava muito sobre a vida e parávamos sempre em cidades, restaurantes, praias, em lugares encantadores. Até que após um almoço em Ciutadella, uma província em Menorca, eu estava encantado por tudo que estávamos vivendo e por enxergar o quanto a nossa conexão era real, eu entendi naquela tarde que eu estava diante da mulher da minha vida, e assim eu pedi para beijá-la. Após esse beijo nunca mais nos desgrudamos. Duda voltou para o Brasil, hoje moramos juntos e temos uma filha. 

H: Para vocês, o que é conexão? Quais pontos de conexão vocês têm um com o outro? 

W: Nossa maior conexão é o olhar. Não precisamos de palavras para se entender e isso pra gente é muito valioso. Valorizamos muito não precisar falar sobre ir embora de algum lugar, ou encerrar algo desconfortável, basta apenas um olhar, um aperto de mão, um sorriso e rapidamente a gente entende o que o outro quer. E na maioria das vezes queremos a mesma coisa. A gente brinca que quando queremos comer alguma coisa, sempre temos o mesmo desejo. E essa conexão no dia-dia faz muita diferença e facilita muito o convívio. Eu e Eduarda temos uma conexão quase como telepatia e isso é uma das mágicas que faz nossa relação ser fácil, agradável e interessante. 

H: Qual o toque que mais gostam de sentir vindo do outro? 

W: A Duda ama quando cheiro seu pescoço, e para mim é uma delícia ver como ela fica mole, seu corpo cai sobre meus braços e ela abre um sorriso como se fosse esquecer do mundo. Ela gosta também do toque na perna quando estou dirigindo o carro ou pilotando a scooter. São momentos que a minha atenção está concentrada no trânsito, mas uma força maior não me deixa esquecê-la. São toques do cotidiano que fazem a relação ser gostosa. Já da minha parte, eu amo quando a Duda decide me massagear, ela faz todo um ritual com velas e música que me leva para um outro lugar, eu me sinto o homem mais sortudo do mundo. Gosto também quando ela me olha nos olhos e aperta minha nuca com as mãos, eu me sinto protegido e amado. É o sentimento de ser um do outro na sua totalidade. 

H: O que instiga o prazer entre vocês? 

W: O que mais provoca tesão na gente é ver o outro se realizando. Quando vejo a Duda no sambódromo, brilhando, sambando, feliz, isso me provoca um prazer imensurável. Lembro com muito gosto do último desfile, quando já no final do sambódromo ela me olha aos prantos e diz: conseguimos! Ciente de todo seu esforço, eu senti um prazer imensurável ver que valeu a pena. Quando fiz uma exposição no Museu do Amanhã, confesso que bloqueei a emoção e lidei com aquilo como se fosse algo comum. Mas quando saíamos do museu, ali na Praça Mauá, a Duda me parou, pediu que eu olhasse para trás, me abraçou e aos prantos disse: você acabou de fazer uma exposição num museu, olha o quão grande isso é, sinto orgulho de você! Isso que instiga o prazer entre nós. 



H: Me conta um ritual do casal?
 

W: Nosso principal ritual durante o dia é colocar sambinha em casa, abrir um vinho laranja e fazer uma comida gostosa. A noite acender umas velas, colocar um jazz, mudar do vinho para o uísque e assistir um filme. A gente ama nossa casa e todo tempo nela é muito valioso. Mas a gente ama também andar pelo nosso bairro, pegar um cinema a tarde e terminar a noite num japonês pra conversar sobre o filme. Gostamos muito muito de andar de scooter pela cidade, pegar um vento no rosto, parar em algum lugar pra ver a vista, visitar alguma lojinha de doce e finalizar o passeio no Arpoador para ver o entardecer.